domingo, 31 de janeiro de 2010

30 dicas contra o envelhecimento...





Sabe-se que o envelhecimento é um processo biológico que pode ser controlado. Há uma série de estudos afirmando que um estilo de vida saudável é uma das chaves da longevidade. Confira alguns deles:

1. CASE-SE.

Segundo estudo publicado no Health Psychology Journal, dos Estados Unidos, as pessoas que se mantêm em longas e bem-sucedidas uniões têm uma expectativa de vida maior em comparação àquelas que se casam novamente ou terminam a vida divorciadas ( desde que estejam juntas por amor e não por aparência, conveniência ou obrigação social ).

2. EXPRESSE SUAS EMOÇÕES.

De acordo com o Journal of Clinical Psychology, da Inglaterra, aqueles que manifestam suas emoções por meio de alguma atividade artística, como cantar, escrever e pintar, são mais saudáveis do que as pessoas que não o fazem.

3. TENHA HORÁRIOS.

Evite a prática de exercícios entre as 11 da manhã e a 1 da tarde, principalmente em lugares reconhecidamente poluídos. É quando a produção de adrenalina atinge seu pico. O sangue fica mais grosso do que o normal, a pressão arterial sobe e o batimento cardíaco se eleva. Durante essas duas horas, é maior a probabilidade de uma placa de gordura se romperem um vaso, o que pode provocar derrame cerebral ou infarto no coração.

4. SEJA SOLIDÁRIO.

Segundo estudo publicado na revista Psychology Science, dar apoio físico ou emocional a outras pessoas reduz em até 60% o risco de morte prematura no idoso.

5. PREFIRA AS COMÉDIAS.

O riso espontâneo promove a dilatação dos vasos e melhora o fluxo sanguíneo. Também reduz os níveis de adrenalina e cortisol no sangue e aumenta a liberação de endorfinas, hormônios ligados às sensações de bem-estar e prazer. Quer mais? Ainda emagrece. Estudos da Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, concluíram que dar boas risadas por um período de dez a quinze minutos faz uma pessoa queimar, em média, 50 calorias.

6. USE O FIO DENTAL.

De acordo com pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, a inflamação bacteriana da gengiva, causada pelo acúmulo de resíduos alimentares entre os dentes, aumenta em 72% o risco de doença cardiovascular.

7. IMITE OS BRITÂNICOS.

Ser pontual é bom, mas beber chá é ainda melhor. De acordo com o jornal Phytotherapy Research, o hábito cultivado pelos ingleses pode ajudar no combate à doença de Alzheimer. Estudos indicam também que o consumo de chá reduz os riscos de câncer. O chá verde é o que promete maiores benefícios.

8. LARGUE O CIGARRO.

Fumantes regulares vivem, em média, dez anos menos do que um não-fumante. Cerca de 90% dos casos de câncer nos pulmões, a neoplasia que mais mata no Brasil, estão relacionados ao tabagismo.

9. TENHA FÉ (Crer com embasamento e não por fé cega).

Segundo o International Journal of Psychiatry and Medicine, ter uma crença forte em algo ajuda a combater o stress e problemas emocionais.

10. BEBA COM MODERAÇÃO.

Estudos mostram que o consumo diário de até duas taças de vinho deve fazer parte da receita para uma vida longa. Até a cerveja, quando consumida moderadamente, pode trazer benefícios à saúde, apontam pesquisas recentes.

11. COMA MENOS.

Nos Estados Unidos, um estudo comparou cinqüentões que viviam de dieta com outros que consumiam, em média, 2.000 calorias por dia.
A conclusão foi que o primeiro grupo teve uma expectativa de vida cerca de 30% maior, além de aparentar ser mais jovem do que os congêneres da mesma idade.

12. MORE PERTO DE UM PARQUE.

Um estudo realizado por pesquisadores japoneses concluiu que a expectativa de vida dos idosos que moram próximo a áreas verdes é maior do que a daqueles que vivem cercados de arranha-céus.

13. VÁ DE VERDES.

Vegetais verde-escuros, como espinafre, rúcula e brócolis, são ricos em ácido fólico, uma substância que ajuda a manter a integridade do DNA.

14. MANTENHA A MENTE ATIVA.

Pesquisas mostram que a doença de Alzheimer tem maior incidência entre as pessoas com baixo nível de instrução. Estudo publicado no New England Journal of Medicine relaciona a leitura, os jogos de cartas e de tabuleiro e as palavras cruzadas com a redução do risco de demência em pessoas com mais de 75 anos.

15. TOME VITAMINAS.

Cápsulas de vitamina C são as mais indicadas. Seu consumo ajuda a prevenir a degeneração macular, que afeta 3 milhões de brasileiros e é a maior causa de cegueira em pessoas com mais de 50 anos.
Consulte seu médico sobre adosagem.

16. CURTA O CHOCOLATE.

Em pequenas quantidades, ele pode ser benéfico à saúde. Segundo estudo do King's College, de Londres, a quantidade de flavonóides encontrada em 50 gramas de chocolate é equivalente à de seis maçãs, duas taças de vinho ou sete cebolas. Os flavonóides têm sido apontados como importantes armas no combate aos radicais livres.

17. DE PREFERÊNCIA AOS PESCADOS.

Peixes de água profunda, como salmão e anchova, são ricos em ômega 3. Esse poderoso antioxidante, segundo o jornal da Associação Médica Americana, pode reduzir em até 81% o risco de morte súbita no homem.

18. FAÇA SEXO.

A atividade sexual traz sensações de prazer e bem-estar, combate o stress, aumenta a auto-estima e ainda queima calorias. Estudos mostram que as pessoas sexualmente ativas são mais saudáveis.
Segundo a OMS, o sexo é um dos quatro pilares da qualidade de vida, ao lado do prazer no trabalho, da harmonia familiar e do lazer.

19. SEJA OTIMISTA.

Após dez anos estudando como a personalidade de uma pessoa pode influir no aumento ou na diminuição da expectativa de vida, pesquisadores holandeses concluíram que ter uma atitude positiva pode diminuir em até 55% o risco de morte prematura.

20. NÃO PULE O CAFÉ-DA-MANHÃ.

Pesquisa do Instituto de Gerontologia da Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, averiguou que os centenários não costumam dispensar a primeira refeição do dia.

21. TENHA UM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO.

O conselho foi seguido por operadores da bolsa de valores de Nova York,avaliados em um estudo. Foi tão eficaz no combate ao stress que metade deles suspendeu o uso de medicamentos contra a hipertensão. Quem tem um bichinho em casa vai ao médico com menor freqüência, afirmam pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra.

22. REDUZA O SAL.

Essa medida é importante no tratamento e na prevenção da hipertensão arterial, um dos fatores de risco para doença cardiovascular.
Evite mais de 6 gramas por dia, o equivalente a uma colher de chá.

23. INVISTA EM CULTURA.

Depois de acompanhar 12 000 pessoas por nove anos, pesquisadores suecos observaram que, em média, as chances de uma pessoa alcançar a longevidade foram 36% maiores naquelas que cultivavam o hábito de realizar programas culturais, como visitar galerias de arte, assistir a peças de teatro e freqüentar concertos musicais.

24. SINTA-SE EM CAPRI.

Está provado que uma dieta mediterrânea, rica em vegetais, peixes e azeite de oliva, pode afastar doenças como hipertensão, diabetes e obesidade, capazes de encurtar a vida em até dez anos. A pesquisa foi feita com 1.507 homens e 832 mulheres, entre 70 e 90 anos, em onze países europeus.

25. ABUSE DO MOLHO DE TOMATE.(Não industrializado)

Pesquisas conduzidas pelo médico americano Michael Roizen, autor do livro Idade Verdadeira e fundador do Real Age Institute, um dos mais respeitados centros de estudo da saúde e do metabolismo humano, mostram que dez colheres de molho de tomate ingeridas semanalmente podem reduzir pela metade o risco de ocorrência de onze tipos de câncer. O tomate é rico em licopeno, um antioxidante encontrado nos vegetais vermelhos.

26. DURMA BEM.

Estudos sugerem que a falta de sono crônica pode ter um impacto negativo nas funções metabólicas e endócrinas. Quando se dorme menos de cinco horas, há um desequilíbrio no metabolismo.

27. CONTE ATÉ CINCO.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, esse é o número mínimo de porções de frutas e vegetais que uma pessoa deve comer por dia. A OMS defende que uma alimentação balanceada e rica em vitaminas, fibras e minerais pode reduzir em até 40% o risco de câncer.

28. VÁ AO OFTALMOLOGISTA.

Depois dos 50 anos, a chamada vista cansada se torna ainda mais comum. Com a idade, também aumentam os riscos de glaucoma e catarata.
Além disso, alterações de fundo de olho podem indicar a presença de diabetes e hipertensão.

29. MODERAÇÃO COM A CARNE VERMELHA.

Pesquisa sobre hábitos alimentares em dez países europeus concluiu que o consumo diário de carne vermelha aumenta o risco de câncer de intestino em até 35%. Mas não a evite. Proteínas são essenciais para quem faz atividade física regularmente, não só porque dão resistência mas também porque ajudam a tornear os músculos.

30. MOVA-SE.
De acordo com a Associação Americana do Coração, o sedentarismo, por si só, aumenta o risco de doença coronariana em, pelo menos, uma vez e meia.
Exercícios diários moderados ajudam a aumentar o tempo de vida em até seis anos.

Antes de condenar...






Conta o escritor Stephen Covey, em um de seus livros, um fato ocorrido com ele, numa manhã de domingo, no metrô de Nova York.
As pessoas estavam calmamente lendo jornais, divagando, descansando com os olhos semicerrados. Era uma cena calma e tranqüila.
Subitamente, um homem entrou no vagão do metrô com os filhos. As crianças faziam algazarra e se comportavam mal. O clima mudou instantaneamente.
O homem sentou-se ao lado de Stephen e fechou os olhos, aparentemente ignorando a situação.
As crianças corriam de um lado para o outro, atiravam objetos e chegavam a puxar os jornais dos passageiros, incomodando a todos.
Mesmo assim o pai não fazia nada.
Para Stephen era quase impossível evitar a irritação. Ele não conseguia acreditar que ele pudesse ser tão insensível a ponto de deixar que seus filhos incomodassem os outros daquele jeito, sem tomar uma atitude.
Dava para perceber facilmente que as demais pessoas também estavam irritadas.
A certa altura, enquanto ainda conseguia manter a calma e o controle, Stephen virou-se para o homem e disse: Senhor, seus filhos estão perturbando muitas pessoas. Será que não poderia dar um jeito neles?
O homem olhou para Stephen, como se estivesse tomando consciência da situação naquele exato momento, e disse calmamente: Sim, creio que o senhor tem razão. Acho que deveria fazer algo. Acabamos de sair do hospital, onde a mãe deles morreu há uma hora... Eu não sei o que pensar, e parece que eles também não sabem como lidar com isso.
Nós podemos imaginar como Stephen se sentiu naquele momento...

Diante da resposta inesperada, ele passou a ver a situação de um modo diferente. E como via diferente, pensava, sentia e agia de um jeito diferente.

* * *

Quantas vezes nós vemos, sentimos e agimos de maneira oposta à que deveríamos, por não perceber a realidade que está por trás da cena.
No mundo conturbado em que vivemos, pensando quase exclusivamente em nós próprios, muitas dores e gemidos ocultos passam despercebidos, e perdemos a oportunidade de ajudar, de estender a mão.
Por isso, é importante que cultivemos em nós a sensibilidade para perceber a dor oculta e amenizar a aridez da vida ao nosso redor.
Geralmente o que fazemos é condenar, sem a mínima análise da realidade de quem está passando por árduas dificuldades.
No entanto, é tão bom quando alguém percebe nossas dores e sofrimentos que não ousamos expressar...
É tão agradável quando alguém nota que estamos atravessando momentos difíceis e nos oferece apoio...
É tão confortador encontrar alguém que leia em nossos olhos a tristeza que levamos na alma dilacerada, e nos acene com palavras de otimismo e esperança...
As pessoas têm maneiras diferentes de enfrentar o sofrimento. Umas se desesperam, outras ficam apáticas, muitas se tornam agressivas, algumas fogem...
Por tudo isso, não devemos julgar a situação pelas aparências, porque podemos nos enganar.
No caso do metrô, após saber o que realmente estava acontecendo com aquele pai e seus filhos, o coração de Stephen tomou-se de compaixão.
Sinto muito. Gostaria de falar sobre isso? Posso ajudar? - Essa foi a atitude daquele que estava prestes a ter um ataque de nervos.
Seus sentimentos mudaram. E mudaram porque ele soube da verdade que se escondia por trás da aparente indiferença de um pai que não sabia como lidar com o próprio sofrimento...

Pensemos nisso!
De dentro para fora, do livro Os 7 hábitos das
pessoas altamente eficazes, de Stephen Covey,
ed. Best Seller e Franklin Covey.

A arte de resolver conflitos...



O trem atravessava sacolejando os subúrbios de Tóquio numa modorrenta tarde de primavera. Um dos vagões estava quase vazio: apenas algumas mulheres e idosos e um jovem lutador de Aikidô. O jovem olhava, distraído, pela janela, a monotonia das casas sempre iguais e dos arbustos cobertos de poeira. Chegando a uma estação as portas se abriram e, de repente, a quietude foi rompida por um homem que entrou cambaleando, gritando com violência palavras sem nexo. Era um homem forte, com roupas de operário. Estava bêbado e imundo. Aos berros, empurrou uma mulher que carregava um bebê ao colo e ela caiu sobre uma poltrona vazia. Felizmente nada aconteceu ao bebê. O operário furioso agarrou a haste de metal no meio do vagão e tentou arranca-la. Dava para ver que uma das suas mãos estava ferida e sangrava. O trem seguiu em frente, com os passageiros paralisados de medo e o jovem se levantou. O lutador estava em excelente forma física. Treinava oito horas todos os dias, há quase três anos. Gostava de lutar e se considerava bom de briga. O problema é que suas habilidades marciais nunca haviam sido testadas em um combate de verdade. Os alunos são proibidos de lutar, pois sabem que Aikidô "é a arte da reconciliação. Aquele cuja mente deseja brigar perdeu o elo com o universo. Por isso o jovem sempre evitava envolver-se em brigas, mas no fundo do coração, porém, desejava uma oportunidade legítima em que pudesse salvar os inocentes, destruindo os culpados. Chegou o dia! Pensou consigo mesmo. Há pessoas correndo perigo e se eu não fizer alguma coisa é bem possível que elas acabem se ferindo. O jovem se levantou e o bêbado percebeu a chance de canalizar sua ira. Ah! Rugiu ele. Um valentão! Você está precisando de uma lição de boas maneiras! O jovem lançou-lhe um olhar de desprezo. Pretendia acabar com a sua raça, mas precisava esperar que ele o agredisse primeiro, por isso o provocou de forma insolente. Agora chega! Gritou o bêbado. Você vai levar uma lição. E se preparou para atacar. Mas, antes que ele pudesse se mexer, alguém deu um grito: Hei! O jovem e o bêbado olharam para um velhinho japonês que estava sentado em um dos bancos. Aquele minúsculo senhor vestia um quimono impecável e devia ter mais de setenta anos... Não deu a menor atenção ao jovem, mas sorriu com alegria para o operário, como se tivesse um importante segredo para lhe contar. Venha aqui disse o velhinho, num tom coloquial e amistoso. Venha conversar comigo insistiu, chamando-o com um aceno de mão. O homenzarrão obedeceu, mas perguntou com aspereza: por que diabos vou conversar com você? O velhinho continuou sorrindo. O que você andou bebendo? Perguntou, com olhar interessado. Saquê rosnou de volta o operário e não é da sua conta! Com muita ternura, o velhinho começou a falar da sua vida, do afeto que sentia pela esposa, das noites que sentavam num velho banco de madeira, no jardim, um ao lado do outro. Ficamos olhando o pôr-do-Sol e vendo como vai indo o nosso caquizeiro, comentou o velho mestre. Pouco a pouco o operário foi relaxando e disse: é, é bom. Eu também gosto de caqui... São deliciosos concordou o velho, sorrindo. E tenho certeza de que você também tem uma ótima esposa. Não, falou o operário. Minha esposa morreu. Suavemente, acompanhando o balanço do trem, aquele homenzarrão começou a chorar. Eu não tenho esposa, não tenho casa, não tenho emprego. Eu só tenho vergonha de mim mesmo. Lágrimas escorriam pelo seu rosto. E o jovem estava lá, com toda sua inocência juvenil, com toda a sua vontade de tornar o mundo melhor para se viver, sentindo-se, de repente, o pior dos homens. O trem chegou à estação e o jovem desceu. Voltou-se para dar uma última olhada. O operário escarrapachara-se no banco e deitara a cabeça no colo do velhinho, que afagava com ternura seus cabelos emaranhados e sebosos. Enquanto o trem se afastava, o jovem ficou meditando... O que pretendia resolver pela força foi alcançado com algumas palavras meigas. E aprendeu, através de uma lição viva, a arte de resolver conflitos.

Eu preciso mudar...





Quantas vezes você já disse essa frase? E por que você não consegue fazer o que quer? Uma das coisas que influenciam nossas atitudes diárias é o nosso sistema de crença. A crença é um sistema de pensamentos que forma a base que vemos e experimentamos na vida. Assim nossos pensamentos determinam como percebemos nosso mundo. Formam, então, as nossas fronteiras.

Thomas Gordon dá em seu livro um exemplo bastante interessante para entendermos nossas crenças.
Em fotografia, você deve saber que pode colocar filtros sobre as lentes da câmara para modificar aquilo que ela registra no filme. Existem filtros para tornar o céu mais escuro, para esmaecer o foco, dar um efeito cintilante às luzes e muito outros. Quando as lentes das câmaras estão com filtro, ela vê uma nova "realidade". E você pode mudar a "realidade" que a câmera vê trocando o filtro.

Nossas crenças trabalham da mesma maneira. São invisíveis e existem abaixo do nosso nível de consciência. Desta forma raramente são reconhecidos, examinados ou mesmo entendidos. Assim como o vidro de um aquário forma as fronteiras invisíveis do universo dos peixes. A maioria das pessoas poucas vezes examina as crenças que influenciam suas vidas e, por conseguinte, vivem no ambiente restrito do aquário.

Nossas crenças definem, limitam e influenciam nosso comportamento. Elas formam o que pensamos e o que não dizemos. Nossas crenças influenciam nossa vida como o trilho influencia o comportamento do trem. A maioria das pessoas acredita que controlam suas vidas, mas este controle é tão limitado quanto o controle que o maquinista tem sobre o trem. Na realidade, a única influência que o maquinista tem é sobre a velocidade. Ele pode diminuir ou aumentar a sua velocidade. Da mesma forma que os trilhos determinam a direção do trem. Nossas crenças configuram a direção de nossas vidas.

Além disso, caso suas crenças permaneçam as mesmas, seu futuro é perfeitamente previsível. Como o trem nos trilhos sempre seguindo a mesma rota para o mesmo destino, sem uma modificação de suas crenças seu futuro será simplesmente uma extensão de seu passado.

O poder nas relações...





Fonte: Jornal Estado de Minas
30 março, 2008

"Tenho um amigo que adquiriu muito poder nos últimos dois anos, e a partir daí parece outra pessoa. Tornou-se arrogante, parece ter o rei na barriga e trata mal as pessoas. É verdade que o poder corrompe?"
Não. O poder não corrompe ninguém. O poder revela a pessoa. O amigo do leitor acima já era arrogante, já era megalomaníaco e hostil às pessoas. Apenas não tinha o cenário defensivo e protetor que o poder parece proporcionar. Ele já andava com chicote na mão, só não tinha coragem de bater. Ninguém perde a simplicidade, o respeito e o amor de uma hora para a outra. Essas virtudes, quando verdadeiras, têm raízes profundas em crenças e valores adquiridos em uma longa trajetória da vida. A simplicidade é conseqüência natural de quem se acostumou a ver a realidade tal qual ela é. Para quem sabe que a vida humana é transitória, que todos são semelhantes, que é falsa a idéia de que existem pessoas superiores ou inferiores às outras, é impensável acreditar-se melhor ou pior do que alguém. Cada pessoa é única, tem diferenças, mas enquanto é semelhante ao outro. A própria idéia do poder nos foi ensinada de maneira distorcida. Ensinaram-nos erroneamente que ter poder é exercê-lo sobre as outras pessoas. É mandar e desmandar na vontade dos outros. Daí ser comum aos detentores de algum poder, seja financeiro, político ou religioso, resvalar para o autoritarisno, para o controle, para a dominação. Poder é a capacidade de transformar a realidade. Nesse sentido, todas as pessoas têm poder, varia apenas de intensidade, de alcance e da capacidade de exercê-lo. Um oleiro, ao transformar o barro em vaso, um artista ao pintar um quadro, um governante que atua na mudança de vida de população têm poder. Desejá-lo, lutar por ele, nesse propósito, é salutar. Cada pessoa deve aumentar ao máximo seu poder de criar, participar e transformar a realidade. O poder selvagem que exige obediência, submissão e aniquilamento do outro é uma distorção adoecida na relação com o mundo. A máxima famosa "Manda quem pode, obedece quem tem juízo", tão difundida nas organizações, é um exemplo disso. A raiz dessa distorção é histórica. Nossos ancestrais bárbaros, na Idade Média e mesmo na Revolução Industrial, consagravam o dominador e o dominado como referências fundamentais das relações humanas.
A violência doméstica contra as mulheres, os castigos corporais aos filhos, o assédio moral nas empresas, as aberrações políticas, o desrespeito à autonomia de cada país, as invasões armadas etc. mostram como ainda estamos longe do exercício amoroso do poder. Temos, entretanto, evoluído, e cabe a cada um de nós repensarmos nossa concepção de poder e suas conseqüências nas relações.
Por que tantos casamentos fracassam? Por que tantas relações ditas amorosas se tornam hostis e cheias de ódio? Exercício inadequado do poder. E qual a origem disso? Toda conduta orgulhosa, megalomaníaca, de desprezo e desrespeito pelos outros esconde um sentimento de inferioridade. Quanto mais tomados pelo sentimento de inferioridade, mais queremos mostrar superioridade. Querer ser mais que alguém, com autoritarismo e controle, é uma capa compensatória para a internalização de menos valia. Pessoas que sofreram processos de abandono na infância, que foram muito criticadas, que nunca aceitaram o próprio corpo, seja pela altura, pelo peso, por algum defeito físico, que sofreram abusos sexuais ou morais, ou outra violência, tendem a se sentir inferiores. Um exemplo histórico disso é Adolf Hitler, ultra-inferiorizado por sua estatura e origem pobre. O medo de perder o poder, de perder a imagem de onipotentes que temos de nós mesmos leva-nos a absurdas violências nos relacionamentos. O ciúme é a grande manifestação de tudo isso. Podemos ter coisas, objetos, mas não podemos ter pessoas. A humanidade é detentora de autonomia e liberdade, pela própria natureza. Quanto tentamos dominar alguém, estamos tirando dela a própria alma e reduzindo-a a um objeto ou a um animal. Há 120 anos foi abolida a escravatura no Brasil. Continuamos, porém, no exercício do poder, a estabelecer relações baseadas na diabólica e neurótica concepção de donos e escravos. O exercício do poder compartilhado, do respeito às singularidades de cada pessoa, da participação de todos, do afeto e da simplicidade no trato com nossos semelhantes é o grande avanço das relações familiares, empresariais, políticas e sociais.

Não se deixe soterrar...


Conta-se que um fazendeiro, que lutava com muitas dificuldades, possuía alguns cavalos para ajudar no trabalho de sua pequena fazenda.
Um dia, o capataz lhe trouxe a notícia que um de seus cavalos havia caído num velho poço abandonado.
O buraco era muito fundo e seria difícil tirar o animal de lá.
O fazendeiro avaliou a situação e certificou-se de que o cavalo estava vivo. Mas, pela dificuldade e o alto custo para retirá-lo do fundo do poço, decidiu que não valia a pena investir no resgate.
Chamou o capataz e ordenou que sacrificasse o animal soterrando-o ali mesmo.
O capataz chamou alguns empregados e orientou-os para que jogassem terra sobre o cavalo até que o cobrissem totalmente e o poço não oferecesse mais perigo aos outros animais.
No entanto, à medida que a terra caía sobre seu dorso, o cavalo se sacudia, derrubava-a no chão e ia pisando sobre ela.
Logo, os homens perceberam que o animal não se deixava soterrar, mas, ao contrário, estava subindo à medida que a terra caía, até que, finalmente, conseguiu sair.

* * *

Algumas vezes nós nos sentimos como se estivéssemos no fundo do poço e, de quebra, ainda temos a impressão de que estão tentando nos soterrar para sempre.
É como se o mundo jogasse sobre nós a terra da incompreensão, da falta de oportunidade, da desvalorização, do desprezo e da indiferença.
Nesses momentos difíceis, é importante que lembremos da lição profunda da história do cavalo e façamos a nossa parte para sair da dificuldade.
Afinal, se nos permitimos chegar ao fundo do poço, só nos restam duas opções: ou nos servimos dele como ponto de apoio para o impulso que nos levará ao topo, ou nos deixamos ficar ali até que a morte nos encontre.
É importante que, se estamos nos percebendo soterrar, sacudamos a terra e a aproveitemos para subir.
Ademais, em todas as situações difíceis que enfrentamos na vida, temos o apoio incondicional de Deus, nosso Pai celestial, do qual podemos nos aproximar através da oração.
E a oração é uma poderosa alavanca de que podemos lançar mão a qualquer momento e em qualquer lugar.

* * *

Jesus nos recomendou oração e vigilância.
A vigilância constante pode nos poupar de muitos dissabores, pois quem está atento facilmente percebe a investida de sentimentos perigosos que podem nos infelicitar.
É a chegada silenciosa de uma desilusão, da inveja, do orgulho, da soberba, da solidão e de outros tantos detritos que pesam em nossa economia moral e tendem a nos levar para o abismo.
A oração é recurso precioso que nos permite as forças necessárias para resistir a todas as investidas menos felizes.
Por isso, vale a pena meditar sobre os sábios conselhos do Mestre de Nazaré, pois eles podem nos ser muito úteis na conquista da felicidade que tanto desejamos.

Jardim é terapia





O contato direto com a natureza é capaz de ajudar na recuperação de doenças, estimulando a vontade de a pessoa viver e lutar. Conheça a Garden Therapy, ou hortoterapia, uma eficaz coadjuvante dos tratamentos convencionais.

Meu querido Theo... se eu ficar aqui, o médico naturalmente poderá avaliar o que há de errado e ficará, espero, mais tranquilo em permitir que eu pinte... Me sinto forçado a pedir mais tinta, e principalmente telas. Quando eu lhe mandar os quatro quadros que estou trabalhando agora, você verá que, desde que cheguei aqui, considerando que passo a maior parte do tempo no jardim, não é tão triste..."*.

Este é um fragmento da primeira carta escrita pelo famoso pintor Vincent Van Gogh a seu irmão Theo, em maio de 1889, quando se internou voluntariamente numa Casa de Saúde da cidade de Saint Remy, em Provença (França). Após descrever seu quarto, a comida, as poucas atividades dirigidas aos pacientes e a gravidade de suas doenças, ele informava ao irmão que se sentia bem. Sofrendo de Transtorno Bipolar, Van Gogh buscava solução para seus altos e baixos. No período em que esteve ali, o ambiente que o cercava permitiu que ele produzisse 150 obras, a maioria retratando flores selvagens, oliveiras, ciprestes, incluindo o conhecido quadro, Vaso com íris. Passados 120 anos, especialistas utilizam a Garden Therapy ou hortoterapia como instrumento de cura: o objetivo é maximizar as funções sociais, cognitivas, físicas e psicológicas, melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
A técnica combina cultura de plantas e jardinagem ativa e passiva (contemplação ou "jardim-reflexo"), e é considerada eficaz como coadjuvante das terapias convencionais. Médica e consultora especializada em Healing Gardens (Jardins da cura) da Faculdade de Agronomia e Farmácia da Universidade de Estudos de Milão, autora do livro II giardino che cura ("O jardim que cura", Ed. Giunti, sem tradução para o português), Cristina Borghi conta que a terapia nasceu antes que a psiquiatria se tornasse uma ciência.

Entre os séculos XVIII e XIX, observou-se que pacientes psiquiátricos melhoravam quando se envolviam em atividades de jardinagem em sentido amplo (cortar lenha, preparar o fogo, carpir ou realizar atividades domésticas). O contrário, ou seja, se manter inativo, piorava a saúde física e mental dos doentes.
A técnica combina jardinagem e contemplação para maximizar as funções sociais, cognitivas, físicas e psicológicas dos pacientes

MECANISMOS EM AÇÃO

A partir daí, a hortoterapia passou a ser uma alternativa útil que faz do paciente um protagonista do próprio restabelecimento. É que a terapia funciona colocando em movimento três mecanismos distintos: a interação com as plantas, a ação e a reação.
O primeiro favorece a reciprocidade a partir do médico: "Muitas vezes o profissional tem dificuldade em aproximar-se porque o doente está inserido numa realidade de desafeto, delírios e alucinações". Além disso, a capacidade de interagir é fundamental para pessoas que sofrem com depressão, ansiedade, autismo e demência. A terapia também atenua sintomas como a pouca resistência ao estresse, falta de autoestima e vitimismo. O segundo mecanismo, a ação, mantém o doente ocupado, distraindo- o, dando-lhe segurança, e é um ótimo substituto do trabalho. Favorece a concentração, sendo também um satisfatório processo criativo.
O terceiro e último mecanismo, a reação, constitui um elemento de ligação entre o paciente e o jardim, que se estabelece a partir da resposta emotiva que uma paisagem ou uma flor suscitam. "Esse mecanismo alcança o inconsciente porque somos psicologicamente dependentes das plantas, já que elas possuem uma estabilidade dinâmica que opera por meio da mudança,observando-a aprendemos a conhecer e a enfrentar a vida. Amadurecemos e crescemos adquirindo uma compreensão das coisas indispensáveis para superar os desafios do cotidiano.
"Um jardim representa o vínculo concreto com admirá- lo, aumenta o sentido de controle da doença e estimula a vontade de viver e lutar, mesmo que a qualidade de vida esteja objetivamente ruim." Os cuidados com um jardim diminuem o estresse porque permitem uma pausa que coloca a mente em estado meditativo. "O encanto da beleza age diminuindo os sentimentos negativos, acalma, leva ao otimismo, à esperança e promove a confiança na cura: um jardim corresponde ao arquétipo do Paraíso: um lugar belo, bom e encantado onde vige a harmonia. O que precisamos é exatamente disso e nada mais."

Cuidar de um jardim ajuda a diminuir o estresse porque permite uma pausa que coloca a mente em estado meditativo.

O amor dos animais...



O mundo parece voltar sua atenção para os animais dando-lhes a devida importância que merecem. Cientistas das várias regiões do planeta se empenham em desvendar os segredos que envolvem os seres ditos inferiores da natureza. Fatos e acontecimentos registrados ao longo de inúmeras pesquisas revelam atitudes e comportamentos surpreendentes no reino animal.
Como avaliar os sentimentos desses maravilhosos seres? Serão sentimentos semelhantes aos dos humanos? Como explicar o ciúmes, a depressão e outros distúrbios de comportamento presente em algumas espécies de animais?
Assistindo ao canal Discovery, acompanhei uma pesquisa realizada por uma cientista americana, cujo nome não lembro, a qual acompanhou um grupo de chimpanzés durante alguns anos, registrando o comportamento coletivo e individual dos seus componentes. O que mais me impressionou foi o caso de uma mãe chimpanzé e do seu filhote que revelou desde tenra idade um “amor” obsessivo por ela. Esse sentimento o dominou a tal ponto que, no momento em que sua mãe ficou novamente prenha e, obedecendo ao instinto, iniciou o processo natural do distanciamento enxotando-o do seu convívio e da sua dependência, demonstrou uma reação diferente dos outros chimpanzés da sua idade: recusou distanciar-se de sua mãe.
Para a chimpanzé mãe, esse comportamento tomou-se um grande problema, pois assediada diuturnamente pelo filhote, acabou tendo dificuldades no desenvolvimento da gravidez deixando de alimentar-se com o necessário para suprir suas necessidades que agora eram maiores em função o seu estado. Consequentemente, isso acabou comprometendo a sua saúde. Mas, mesmo assim conseguiu parir o novo filhote.
O assédio do filhote obcecado por ela demonstrava a manifestação de ciúmes, dificultando o trato do recém-nascido, acabando por provocar-lhe a morte prematura. A chimpanzé abalada na sua saúde não resistiu e morreu às margens de um riacho. Seu filhote apaixonado deitou-se ao seu lado e, com a cabeça apoiada em sua barriga, passou a acariciá-la, entrando em profunda depressão e ali mesmo morreu, demonstrando que não conseguiria viver sem ela.
Neste caso, podemos considerar que o jovem chimpanzé viveu um intenso amor pela sua mãe?
Não seria uma excessiva dependência? Talvez um descontrole do instinto? Mas o instinto não erra, então como julgar ou analisar tal comportamento?

Uma coisa é certa, ainda temos muito o que aprender sobre nós mesmos e sobre os animais.
Hoje a visão da ciência está plenamente de acordo com a colocação de que existe em muitas espécies uma acentuada presença da inteligência manifesta nas atitudes de certos animais. Essa realidade é comprovada quando um animal assume uma atitude inteligente que não lhe foi ensinada.
Essa inteligência rudimentar e esse amor instintivo dilatados têm sido registrados com freqüência, principalmente na convivência do homem com o animal doméstico; são relatos interessantes de pessoas que viveram experiências inusitadas com os seus bichinhos de estimação.
O que observamos nessa relação homem animal, é que o animal acaba absorvendo o psiquismo do dono.
Principalmente o cão tende a assumir um comportamento semelhante ao da criança quando tenta imitar o pai ou a mãe.
Dono nervoso, cão nervoso; dono amoroso, cão amoroso; o poder de assimilação por parte do animal é muito grande. Quando o dono está triste o cão também demonstra tristeza; esse fenômeno é natural, o instinto cobra-lhe uma adaptação ao ambiente e às pessoas em face às suas necessidades materiais que são supridas pelo dono.
O amor que nutrimos pelos seres humanos e pelos animais não pode jamais ultrapassar a raia do bom senso e do equilíbrio, levando-nos aos exageros que transformam esse amor em um amor possessivo e deprimente, causando mais mal do que bem ao objeto do nosso afeto.
Repito: ainda temos muito o que aprender sobre nós mesmos e sobre os animais.

Oração da serenidade




Deus,
dai-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar,
coragem para mudar as coisas que eu possa,
e sabedoria para que eu saiba a diferença:
vivendo um dia a cada vez,
aproveitando um momento de cada vez;
aceitando as dificuldades como um caminho para a paz;
indagando, como fez Jesus,
a este mundo,
não como eu teria feito;
aceitando que Você tornaria tudo correto se eu me submetesse à sua vontade para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e extremamente feliz com você para sempre no futuro.

O maior vendedor do mundo - Og Mandino




EIS O RESUMO DE UM LIVRO QUE MERECE SER LIDO

Resumo: O Maior vendedor do mundo
Autor: Og Mandino

Hafid quer ser o maior vendedor do mundo, assim como é conhecido seu pai adotivo Pathros.
Pathros resolve colocar o jovem Hafid à prova, dando-lhe uma túnica de sua fabricação, de ótima qualidade com seu logotipo (uma estrela) bordado no tecido.
Hafid terá como tarefa ir até a cidade de Belém, que é considerada muito pobre, e vender essa túnica no prazo de quatro dias, pelo preço que achar justo.
Hafid vai, não muito animado, e chegando a cidade montado em seu burro, oferece a túnica para as pessoas nas ruas, nas casas e para os soldados, sem conseguir vende-la.
Na última noite do prazo ele resolve dormir numa gruta que fica atrás da hospedaria onde faz suas refeições.
Quando de aproxima da gruta, percebe uma luz fraca vinda de seu interior. Resolve entrar para verificar e fica surpreso ao ver um casal e um recém-nascido. O casal estava encolhido e tremia de frio, pois tinha tirado cada um sua túnica para cobrir a criança.
Hafid foi até onde estava seu burro, pegou a túnica vermelha que deveria ter vendido e cobriu o recém-nascido com ela. Devolveu as túnicas do casal que permaneceu em silêncio, e saiu, montou em seu burro para voltar ao acampamento para se encontrar com seu pai.
Ao chegar, muito desanimado ao acampamento, viu seu pai que olhou para ele assombrado, pois uma estrela emitindo uma luz que deixava a noite como o dia, parecia te-lo seguido da gruta até ali.
Hafid, envergonhado, contou a seu pai o que acontecera, que havia falhado como vendedor, e pior, havia dado a túnica para um casal desconhecido cobrir uma criança recém-nascida.
Pathros emocionado, falou que Hafid não havia falhado e à partir daquela noite seria seu sucessor como O Maior Vendedor do Mundo.
Pathros em seu leito de morte, sentindo sua missão cumprida, passou para o filho Hafid o baú contendo os dez pergaminhos de couro, onde estavam escritos os segredos para ele se transformar no Maior Vendedor do Mundo.
A primeira orientação era para que Hafid lesse cada pergaminho durante trinta dias seguidos, ao acordar, ao entardecer e antes de ir dormir.
Para colocar em prática os segredos dos pergaminhos, todos os ensinamentos neles contidos teriam que estar incorporados em Hafid.
Assim ele fez, abriu o baú, retirou o pergaminho de número um e começou a ler: Amor por si e pelos outros, ricos, pobres, arrogantes, humildes, persisitir até conseguir, colocar um tijolo de cada vez, retirar do vocabulário palavras e expressões como: desistir, improvável, incapaz, fracasso, impraticável, fora de cogitação, impossível, sem esperança e recuo.
Pois são palavras e expressões de tolos. Mesmo que o desespero tente me contagiar, prosseguirei assim mesmo. Ignorarei os obstáculos sob meus pés e manterei meus olhos firmes nos objetivos acima de minha cabeça.
Persistirei até alcançar êxito.
Tentarei e tentarei e tentarei de novo.
Jamais permitirei que o dia termine com um fracasso.
esquecerei os acontecimentos do dia anterior, sejam eles bons ou maus, e saudarei o novo dia com a certeza que será o melhor dia de minha vida.
Tudo que eu ganhar, dividirei com os pobres.
Se persisto bastante, vencerei. Sou único, não existe ninguém no mundo que ande ou fale igual à mim. Eu sou o maior milagre da natureza.
Eu persistirei.
Eu vencerei.
Seguindo esses ensinamentos Hafid transformou-se no Maior Vendedor Do Mundo, e muito rico.
Quando pressentiu que o próximo escolhido estava para aparecer, doou toda sua riqueza para os pobres, ficando apenas com o suficiente para viver com conforto o tempo que lhe restava.
Um certo dia apareceu no portão do palácio de Hafid um homem maltrapilho, querendo falar-lhe com urgência.
Hafid ouviu toda sua história, pois esse homem dizia ter sido ali enviado por Jesus, o Messias. Trazia consigo uma túnica vermelha suja e manchada de sangue, com a estrela de Pathros bordada em seu tecido.
Hafid segurando a túnica emocionado, pediu que o homem lhe contasse tudo que sabia sobre a história de Jesus.
O homem contou que Jesus havia nascido numa gruta em Belém.
Hafid logo entendeu que estava diante de seu sucessor: O MAIOR VENDEDOR DO MUNDO.

Os desafios da idade...



Nossa sociedade valoriza a juventude que esbanja força e beleza. Em contrapartida, a velhice é vista apenas como perda: da juventude, da saúde, do poder. Cabe a nós descobrir os tesouros que só podem ser alcançados na maturidade: autoconhecimento e sabedoria, frutos de humildade e intimidade com Deus. Na Bíblia, a longevidade é considerada um sinal da graça divina.
A aposentadoria pode ser encarada como um luto. Mas ela também propicia um tempo ocioso que abre espaço para o novo. É hora de colher os frutos plantados ao longo da vida e descobrir novos prazeres, como cuidar de um jardim, encontrar amigos, dar palestras, escrever um livro, pintar, tocar um instrumento, brincar com os netos, apoiar projetos sociais.
O jovem herói precisa vencer obstáculos externos. Na velhice, o desafio é interior: reconhecer nossas falhas. Os erros não assumidos são projetados nos outros. É sinal de maturidade parar de culpar os outros. Assumir a própria sombra é pré-requisito para uma velhice feliz, pois esta confrontação permite a mudança. O processo de transformação começa quando a gente pára de se justificar e admite nossa responsabilidade nos conflitos relacionais.
O conhecimento de si permite compreender os sentimentos do outro. Em vez de brigar com o outro ou desqualificá-lo, o sábio procura ser útil. O jovem busca soluções mágicas. Na maturidade, os meios são mais interiores. O conhecimento não é mais tanto de fórmulas, mas da alma humana. Uma trajetória profissional bem-sucedida começa com conhecimento técnico e termina com gerenciamento de pessoas. Nos contos, os heróis vencem os dragões lutando contra eles. Os velhos sábios substituem a força física pelo conhecimento. A sabedoria nasce da autoconfrontação. Ela implica enxergar além das aparências e vencer a própria maldade. Significa reconhecer o mal (ganância, inveja, orgulho, revolta, desespero...) com honestidade e humildade, o que permite identificar e perdoar o mal também no outro.
Outra tarefa da meia-idade consiste no desenvolvimento de interesses altruístas (o psicólogo Erick Erikson chama isto de generatividade). Significa transcender seus próprios desejos em favor de outros, estendendo os benefícios além da família. O egocentrismo é frustrante diante das perdas inevitáveis da idade. Na juventude, domina a ambição pessoal, na maturidade, o bem-estar social (Rockfeller ilustra bem este caminho, pois dedicou a primeira parte de sua vida a ganhar bastante dinheiro, e a segunda a projetos educativos e culturais). Generatividade e saúde mental caminham lado a lado. Na maturidade, o ser humano se volta para valores humanitários, religiosos e morais. Busca-se uma espiritualidade mais pessoal e relacional que religiosa (Michelangelo, Rembrandt e Tolstoi são exemplos famosos). A aceitação da morte também influi diretamente na saúde mental.
Outro desafio da maturidade é resgatar aspectos reprimidos da personalidade como, por exemplo, a ternura. Na idade adulta, é possível integrar a inocência da infância e a experiência da maturidade. Aceitar a sombra, compartilhar os recursos adquiridos ao longo da vida, recuperar a espontaneidade da infância, transcender a racionalidade, o egoísmo e as convenções sociais, são objetivos e frutos desta etapa. Tais elementos permitem que a idade adulta seja ainda mais apreciada e recuperam o encanto e o prazer da vida na capacidade de desfrutar das pequenas alegrias e maravilhar-se diante do mistério da vida.
Na juventude, o herói persegue o sonho da riqueza e do amor. Na maturidade, o desafio é transformar-se a si mesmo. Solidão, penúria, declínio e deterioração podem acompanhar a velhice quando abdica-se da vida, por desespero ou amargura. Mas existe a possibilidade de renovação do encanto através da autotranscendência e generatividade. O sábio exerce um papel de mentor, integrando ética ao conhecimento técnico, como Madre Tereza de Calcutá, que ajudou muitos jovens a transformar ideais em atividade útil. Esse papel é resultado de amadurecimento, e não somente efeito inevitável da velhice: um desafio e uma tarefa, não o simples acúmulo de anos. A felicidade não depende das circunstâncias. Ela é construída a partir de recursos próprios.

Pequenos Gestos...




É curioso observar como a vida nos oferece resposta aos mais variados questionamentos do cotidiano...

Vejamos:

A mais longa caminhada só é possível passo a passo...
O mais belo livro do mundo foi escrito letra por letra...
Os milênios se sucedem, segundo a segundo...
As mais violentas cachoeiras se formam de pequenas fontes...
A imponência do pinheiro e a beleza do ipê,
Começaram ambas na simplicidade das sementes...
Não fosse a gota não haveria chuvas...
O mais singelo ninho se fez de pequenos gravetos...
E a mais bela construção não se teria efetuado
Senão a partir do primeiro tijolo...
As imensas dunas se compõem de minúsculos grãos de areia...
Como já refere o adágio popular,
Nos menores frascos se guardam as melhores fragrâncias...
É quase incrível imaginar que apenas sete notas musicais
Tenham dado vida à "Ave Maria", de Bach, e à "Aleluia", de Hendel...
O brilhantismo de Einstein e a ternura de Tereza de Calcutá
Tiveram que estagiar no período fetal...
Nem mesmo Jesus, expressão maior de Amor,
Dispensou a fragilidade do berço...

... Assim também, o mundo de paz, de harmonia e de amor com que tanto sonhamos só será construído a partir de Pequenos Gestos de compreensão, solidariedade,
respeito, ternura, fraternidade, benevolência, indulgência e perdão, dia a dia...

Ninguém pode mudar o mundo...
Mas podemos mudar uma pequena parcela dele...
Esta parcela nós chamamos de "Eu".
Não é fácil nem rápido...
Mas vale a pena tentar!

Vamos lá, não percamos a oportunidade...

VOCÊ É SUBSTITUÍVEL???




Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível".
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada. De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta?

- Tenho sim. E o Beethoven?

- Como? - O encara o gestor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven?

Silêncio.

Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso...
Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Quem substitui Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Albert Einstein? Picasso? Zico?
Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, são sim insubstituíveis.
Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar 'seus gaps'.
Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, Caymmi preguiçoso, Kennedy egocêntrico, Elvis obsessivo... O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.
Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Se seu gerente / coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas´ de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bündchen por ter nariz grande. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Portanto nunca esqueça: Você é um talento único... Com toda certeza ninguém te substituirá.

Lute por seus objetivos!!!!!!!!



Pare um pouco para pensar na sua vida, deixe por um instante de lado a sua correria, aqueles afazeres automáticos, do tipo acordar, tomar banho, café e sair como se tivesse que tirar alguém da forca.

Tenha calma... O dia irá transcorrer com você com sua pressa ou não. Relaxou? Pois bem, agora me diga: o que você quer para a sua vida? O que você acha que pode ou não fazer para melhorar e mudar a sua vida?

Quando você acredita que não pode, ou quando acredita que pode, tenha certeza que as duas alternativas estão certas. Portanto, acredite sempre naquilo que você quer e lute para realizar. É assim que funciona a mente, caso você não a domine, ela domina você.

Delete todas as possibilidades de que as coisas não irão dar certo, afaste sua mente da negatividade, tome a postura de um(a) vencedor(a) e o mundo abrirá as portas para você passar.
Faça por merecer tudo o que você deseja e lute por isso.

É isso aí, vamos lutar pelo que queremos para podermos mececer o que desejamos. Nada cai do céu, se não lutarmos, nada teremos. 'Ele' já disse - faça a sua parte que eu te ajudarei.
Então, vamos fazer a nossa parte!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Mude...




Mude.
Mas comece devagar, porque a direção
é mais importante que a velocidade.

Mude de caminho, ande por outras ruas,
observando os lugares por onde você passa.
Veja o mundo de outras perspectivas.
Descubra novos horizontes.

Não faça do hábito um estilo de vida.

Ame a novidade.
Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo método, o novo sabor,
o novo jeito, o novo prazer, o novo amor.
Busque novos amigos, tente novos amores.
Faça novas relações.
Experimente a gostosura da surpresa.
Troque esse monte de medo por um pouco de vida.
Ame muito, cada vez mais, e de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas, de atitude.

Mude.
Dê uma chance ao inesperado.
Abrace a gostosura da Surpresa.

Sonhe só o sonho certo e realize-o todo dia.

Lembre-se de que a Vida é uma só,
e decida-se por arrumar um outro emprego,
uma nova ocupação, um trabalho mais prazeroso,
mais digno, mais humano.
Abra seu coração de dentro para fora.

Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.

Exagere na criatividade.
E aproveite para fazer uma viagem longa,
se possível sem destino.
Experimente coisas diferentes, troque novamente.
Mude, de novo.
Experimente outra vez.
Você conhecerá coisas melhores e coisas piores,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento, a energia, o entusiasmo

Entendendo o Transtorno Bipolar




Em 2006 T.M. participou de uma viagem com um grupo de alunos de uma universidade carioca. Os professores seguiram em uma Kombi, e mais atrás foi um ônibus com 52 alunos. Lá dentro, alguns estudantes começaram a beber e fumar, causando um verdadeiro rebuliço. "Não agüentei, falei um monte de desaforos, segurei no bagageiro e aumentei muito a voz", contou. "O pessoal se assustou, eles não esperavam uma reação minha daquelas. Foi fora do meu comum, eu jamais faria isso. Não teria uma reação explosiva do jeito que eu tive."

A reação "fora do comum" relatada pelo estudante provavelmente não teria ocorrido caso ele não sofresse do transtorno afetivo bipolar, um conjunto de sinais e sintomas que podem durar semanas ou meses e que causa o estado do humor a variar de maneira periódica ou cíclica apresentando-se de forma normal, elevada -- chamada de mania -- ou deprimida.

Ao longo da vida, as pessoas apresentam estados de humor variados, mas ainda se sentem no controle. No transtorno afetivo bipolar, no entanto, essa sensação de controle é perdida, gerando muito sofrimento para os que convivem com o problema.

Até os anos 80, o transtorno bipolar era conhecido como psicose maníaco-depressiva. A partir daí passou a ser chamada de transtorno afetivo bipolar, uma síndrome que acomete, segundo estimativas, 1% da população mundial e de 1,8 a 15 milhões de brasileiros, nas suas mais diversas formas de apresentação.

O médico e professor de Psiquiatria da Universidade de São Paulo, Valentim Gentil Filho, em entrevista ao Dr. Dráuzio Varella, afirma que a síndrome mudou de nome porque analisando separadamente, a denominação antiga carregava uma carga negativa, estigmatizada.

"Maníaco [de psicose maníaco-depressiva] é um termo técnico derivado do grego e significa loucura. De fato, na fase de hiperexcitabilidade, o indivíduo é o estereótipo do louco já que suas atitudes destoam, e muito, do padrão normal de seu comportamento. Depressivo era o termo mais brando dos três e que menos impacto causava. Por isso, considerou-se que a expressão psicose maníaco-depressiva era pesada demais para designar uma doença que, de certa forma, não era tão terrível quanto o nome fazia supor".

Para o psiquiatra e pesquisador Diogo Lara, em seu livro Temperamento Forte e Bipolaridade: dominando os altos e baixos do humor (ed. Revolução das Idéias), o humor bipolar poderia ser comparado a ter um par de patins: "em alguns lugares é difícil de caminhar, em outros anda-se muito mais rápido do que quem está sem eles. Quanto menor o controle maior a emoção!" Desta forma, para aqueles que conhecem bem os seus patins -- aprendendo a minimizar os riscos e andando em terrenos mais favoráveis -- tê-los pode até ter suas vantagens.

Altos e baixos

O termo bipolar expressa os dois pólos de humor: o da mania e o da depressão. Diferente de como muitas pessoas utilizam, equivocadamente, a palavra mania -- como mania de limpeza, de conferir as coisas, ou até maníaco no sentido de assassino, psicopata -- o termo médico é descrito de outra forma. Um episódio maníaco é descrito por Benjamin e Virginia Sadock, autores do livro Compêndio de Psiquiatria, como um determinado período de humor fora do normal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável.

Aquele que passa por uma crise de mania costuma falar muito, falar rápido, ter idéias de grandeza, se sentir muito poderoso, capaz, inteligente, bonito, rico, gastar de maneira desmedida, se sentir com mais energia que o normal e a sua libido tende a aumentar. O doutorando T. M., de 27 anos, foi diagnosticado como bipolar em 2007. Ele se descontrolava com seus gastos durante as crises maníacas. "Gosto muito de ler, mas acabava comprando uma quantidade de livros que eu não conseguia dar conta. Depois que eu comecei a me tratar, os excessos diminuíram bastante."

O recém-formado administrador de empresas F. F., de 24 anos, já passou por crises de mania em que ficava tão cheio de energia que passava noites sem dormir. "Eu já fiquei sete dias sem dormir no período de mania. A coisa que eu mais queria era dormir, mas não conseguia. Posso querer ficar um, dois dias assim, mas sete não. Eu já não agüentava mais, estava ficando pirado."

Assim como F. F, durante essas crises de humor "para cima", muitos bipolares passam a dormir menos horas por noite e não ficam cansados. Além disso, emendam um assunto no outro -- mesmo sendo capazes de manter uma coerência lógica. Costumam ficar muito desinibidos, perdendo a noção crítica do que é aceitável para cada situação, fazendo besteiras e achando tudo normal. É como se o bipolar estivesse em pleno carnaval, se divertindo e brincando com todos, mas de maneira, muitas vezes, inadequada.

No outro pólo do humor, durante as crises de depressão, as pessoas costumam ter idéias negativas, de ruína, sentem-se tristes e com energia baixa. Atividades simples e cotidianas, como tomar banho e escovar os dentes, podem até ser deixadas de lado. A perda do apetite é comum, mas às vezes pode-se ganhar mais peso. O indivíduo fica mais lento, sem vontade de sair da cama, e costuma ter dificuldades de concentração. Em casos mais graves, pode pensar em cometer suicídio, chegando até as últimas conseqüências.

Segundo a psiquiatra Magda Vaissman, a depressão é uma das maiores causas de suicídio e afastamento do trabalho, trazendo enormes prejuízos pessoais. "No caso de álcool e drogas, a maior parte dos pacientes, eu diria que 60% ou 70% dos pacientes, têm um transtorno afetivo associado".

Estimativas publicadas no site da Associação Brasileira de Transtornos Bipolares apontam que até 50% dos portadores tentem o suicídio ao menos uma vez em suas vidas, enquanto cerca de 15% efetivamente o cometem. Trata-se, portanto, de um transtorno grave que não só pode incapacitar o indivíduo -- que não conseguirá levar uma vida normal de trabalho ou social --, mas que também põe em risco a própria vida.

Os principais tipos da doença

Para entender um pouco mais sobre o transtorno afetivo bipolar, é preciso saber como a doença é classificada. De acordo com a classificação do livro Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM), um dos parâmetros utilizados pelos médicos, os transtornos bipolares são enquadrados em tipo I e tipo II.

O tipo I é aquele em que o paciente apresenta os quadros clássicos de mania e depressão, podendo um ser mais freqüente do que o outro. Em geral, as crises depressivas são mais freqüentes e ocorrem por períodos mais longos do que as crises maníacas. Estima-se que cerca de 1% da população mundial seja bipolar do tipo I. O tipo II -- manifestado por 6 a 8% das pessoas -- ocorre quando existem crises depressivas e crises de mania mais leves, chamadas de hipomania.

Essas alterações leves de humor eufórico são geralmente de difícil diagnóstico e podem não ser detectadas pelo médico. "Como é um quadro mais leve e não causa problema nenhum, o indivíduo fica mais ativo. Na verdade, ele fica melhor e todo mundo gosta", diz o Dr. Elie Cheniaux. O paciente costuma trabalhar melhor, por mais tempo, e pensa de maneira mais criativa. Na vida pessoal, costuma ser mais fácil conhecer novas pessoas, pois ele tende a se tornar mais sociável.

E é aí que mora o perigo. O bipolar, em crise de mania, pode nem chegar ao médico por considerar positivo aquele tipo de humor ou por achar que episódios como aqueles são perfeitamente normais. Por isso, as crises de mania leve podem não ser relatadas pelo paciente ou não ser detectadas pelo especialista. A depressão é mais facilmente diagnosticada, por outro lado. Esta dificuldade pode ser refletida no tratamento, já que antidepressivos podem desencadear a mania no paciente bipolar.

Conheça as áreas afetadas no cérebro de um bipolar e o que os cientistas estão começando a descobrir:
Como atua
O que ocorre

1 – Estriato
Ajuda o cérebro a processar recompensas
Perda de 30% da massa cinzenta na região. Isso interfere na capacidade de julgamento. A pessoa pode gastar demais, por exemplo

2 – Córtex pré-frontal
Regula as emoções, a capacidade de planejamento e a motivação
Até 40% de redução da massa cinzenta. A pessoa tem dificuldades para desenvolver uma atividade constante

3 – Amígdala
Ajuda a reconhecer expressões faciais. As transmissões entre os neurônios aumentam em resposta aos estímulos emocionais
Lentidão na resposta aos estímulos, reações fora do tempo normal

4 – Hipocampo
É um dos centros da memória. Parte dele ajuda no reconhecimento de perigos ou recompensas
Ansiedade constante e dificuldade para diferenciar situações seguras das de risco

5 – Tronco cerebral
Onde o neurotransmissor serotonina é produzido para ser espalhado pelas diferentes partes de cérebro
Bipolares têm menos serotonina, o que pode contribuir para a atrofia dos neurônios e levar à depressão

Principais causas

Como para a maioria dos transtornos mentais, o componente genético desempenha um dos papéis mais importantes no desenvolvimento do transtorno afetivo bipolar. Segundo dados do livro Temperamento Forte e Bipolaridade: dominando os altos e baixos do humor, há uma chance razoável de um pai e uma mãe bipolares terem filhos com as mesmas características. No caso de um par de gêmeos idênticos, se um deles tem o transtorno afetivo bipolar, há 80% de chances de que o outro também o tenha. Por isso, uma avaliação psiquiátrica completa não pode deixar de levar em conta a história familiar do paciente.

F.F. conta que seu avô tinha o mesmo transtorno que ele descobriu ter na infância. "Ele era Procurador Geral da República e ganhava bastante dinheiro, só que torrava tudo. Ele nunca teve uma vida estável, muito pelo contrário."

Além do componente genético, acontecimentos da vida podem ajudar a desencadear as crises. Em geral é muito comum ocorrer algum episódio ruim, alguma ocorrência de estresse. Depois da primeira crise, passa a ser menos freqüente que um evento seja o causador destas crises.

Apesar de ser uma doença cujos sintomas sejam bem definidos, ainda se sabe muito pouco sobre as suas causas. Os casos típicos são simples porque não se tratam de meras flutuações do humor, de sentimentos de alegria ou tristeza. "Existe todo um conjunto de alterações em que o individuo fica muito diferente do normal, o leigo percebe que ele não está normal, embora possa não saber o nome da doença", alerta o Dr. Elie Cheniaux.

Tratamento
Apesar de se tratar de um transtorno que pode causar graves alterações no humor do bipolar, afetando a sua vida diretamente, a boa notícia é que existe tratamento eficaz. O objetivo principal do especialista é tentar reduzir os fatores que desestabilizam o humor do paciente, embora a doença não tenha cura. O acompanhamento farmacológico deve ser feito por toda a vida.

O lítio é um dos primeiros medicamentos que surgiram e ainda é uma dos mais usados como estabilizador de humor -- embora funcione melhor na prevenção de crises maníacas do que para crises depressivas. Como qualquer medicamento, o lítio também pode causar efeitos colaterais. A.L., de 28 anos, teve sucesso com este medicamento, mas sentiu seus efeitos negativos: "No meu caso, o lítio foi o estabilizador de humor que mais funcionou, porém os efeitos colaterais foram bem ruins". Ela conta que a sua pele ficou mais ressecada, teve queda de cabelo -- e perda de brilho -- e aumento de peso. "Eu bebia muita água também, já que a sensação de sede é constante".

Alguns antipsicóticos -- usados para tratar esquizofrenia e outros quadros psicóticos -- e anticonvusivantes funcionam, embora não se saiba exatamente o motivo.

Tratar a depressão bipolar é mais complicado do que tratar a depressão unipolar -- que ocorre sem que existam episódios de mania --, já que ela é muito menos estudada. Existe um grande risco de o depressivo bipolar mudar para a mania. "Os antidepressivos favorecem isso, pois o paciente melhora, melhora, melhora tanto que vai para a outra crise", ressalta o Dr. Elie Cheniaux. Surge, então, uma polêmica: antidepressivos devem ou não ser usados no tratamento da depressão bipolar? Alguns médicos apóiam a sua indicação, com muita cautela, enquanto outros são totalmente contra.

Acima de tudo, o tratamento contra a depressão é extremamente importante porque o bipolar costuma permanecer mais tempo em depressão do que em mania. Em casos de episódios mistos -- em que o bipolar apresenta características tanto de mania quanto de depressão --, o risco de suicídio aumenta ainda mais. Isso porque a tristeza e a desesperança, que fazem o indivíduo ter vontade de morrer, são sinais típicos da depressão. No entanto, o indivíduo não se mata porque ele se sente tão desprovido de energia que não tem sequer forças para levar a cabo o seu desejo. No episódio misto, então, ele pode manter essa desesperança, mas tem forças suficientes para tentar se matar.

Como ajudar?
Ainda que para a maioria das pessoas que estejam vendo de fora seja difícil entender o que está acontecendo com um bipolar, a ajuda de amigos e familiares é fundamental. "Quem está de fora pode ajudar com mais sucesso oferecendo apoio, compreensão e disponibilidade para atenuar os prejuízos do momento", afirma o Dr. Diogo Lara. Ele ressalta em seu livro que muitas vezes é um familiar que toma a decisão de procurar ajuda especializada, já que o doente não tem energia, pode negar a necessidade de tratamento ou porque teme ir a um psiquiatra ou psicólogo.

Existem casos, no entanto, em que a própria família do paciente tem dificuldade de entender e encarar a doença, daí a importância de se informar da melhor maneira possível. Há aqueles que chegam a achar que a depressão não é nada mais que preguiça, e a mania, "falta de vergonha na cara". Isso porque, para grande parte das pessoas, as enfermidades mentais não são consideradas doenças e porque ainda há um estigma por trás do tratamento psiquiátrico.

Criatividade
Embora existam alguns estudos acerca deste tema, não há comprovação de que haja uma relação direta entre a criatividade e o transtorno bipolar. Mesmo assim, uma rápida busca pela internet nos revela uma lista enorme de personalidades famosas -- e extremamente criativas -- que foram diagnosticadas ou que se aponte como sendo bipolares: Kurt Cobain, Vincent Van Gogh, Janis Joplin, Elizabeth Taylor, Edgar Allen Poe, Ulysses Guimarães, Leon Tolstoy, Jackson Pollock, Mozart, Virginia Woolf, Winston Churchill...

Para a Dra. Magda Vaissman, uma teoria para responder a esta dúvida poderia ser o fato de que muitas pessoas que sofrem do transtorno afetivo bipolar são extremamente sensíveis. "Elas vêem a vida de uma maneira colorida demais, por extremos. Isso provoca reflexões nas pessoas e a produção artística está relacionada a isso."

O bipolar Thiago Marinho ressalta o lado negativo que existe por trás de um falso "glamour" conferido ao transtorno. Muitos adolescentes, que têm como ídolos roqueiros como Kurt Cobain (foto), Axl Rose, entre outros, acabam querendo incorporar aquela atitude do ídolo, associada às pretensas características de um bipolar. "Não gosto desse glamour que estão dando para o transtorno bipolar, não é brincadeira."
Apesar da gravidade da doença, é necessário repetir que um bipolar pode, sim, levar uma vida normal como qualquer outra pessoa, desde que seja bem assessorado por profissionais qualificados.

Sabedoria indígena





Uma noite, um velho índio contou ao seu neto sobre a guerra que acontece dentro das pessoas. Ele disse: "A batalha é entre dois 'lobos' que vivem dentro de todos nós".

Um é mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho falso, superioridade e ego.

O outro é bom. É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.

O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:
- Qual lobo vence?

O velho índio respondeu:

- Aquele que você alimenta...

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

VERBO SER




Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser. Esquecer.

Carlos Drummond de Andrade

Se anjos existem...




Se anjos existem,
encontramo-los nas amizades que persistem...
Cada amizade encontrada ao léu,
é como um anjo que desceu do céu...

Amizades que surgem para nos ajudar,
para nos fazer a vida melhor apreciar,
que nos fazem agora e sempre acreditar
que tudo sempre pode melhorar...

Se todos no mundo entendessem
o valor de uma amizade verdadeira,
não fariam tanta besteira,
e não deixariam que tantas
coisas acontecessem...

Amigos não enxergam apenas as qualidades,
embora delas todos tenham necessidade...
Amigos convivem com nossos defeitos,
porque somos humanos,
portanto, imperfeitos...

Aceitam-nos, e nos aceitam,
como os seus aceitamos,
e os aceitamos também...

Esses anjos não dispõe de asas,
nem tampouco caminham sobre brasas,
mas tem em sua alma um doce sentimento
que nos conforta em momentos de lamento,
e lhes damos toda essa reciprocidade,
sempre querendo sua felicidade...

Assim, todos somos anjos,
pois não creio que possa haver alguém
que não tenha uma amizade sequer,
em cujo ombro possa se consolar,
em cujo coração possa habitar...

Todos somos anjos neste mundo,
bastando-nos desenvolver
esse sentimento profundo...
UMA TERNA E ETERNA AMIZADE.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

As borboletas virão até você!!!



Muitas vezes, passamos um longo tempo de nossas vidas
correndo loucamente atrás de algo que desejamos, seja um amor, um emprego, uma amizade, uma casa, etc.

Acredito, realmente, que devamos nos empenhar para alcançarmos o que queremos, no entanto, se não estamos conseguindo, provavelmente algo nesta busca está errado !

Não quero dizer que tem de ser fácil, ou muito menos que devemos desistir quando as coisas se tornam difíceis.

Mas quero dizer que se nosso esforço não está dando resultados, é porque talvez não estejamos agindo da forma mais adequada para atingir tais objetivos; talvez Deus esteja querendo nos mostrar que não estamos merecendo essa conquista.

Devemos compreender que a vida segue seu fluxo e que esse fluxo é perfeito.

Tudo acontece no seu devido tempo.

Nós seres humanos, é que nos tornamos ansiosos e estamos constantemente querendo “empurrar o rio”.

O grande segredo da conquista é lembrarmos sempre que, subir ao pódio, erguer a taça da vitória ou comemorar objetivos alcançados nada mais são que os resultados,

As conseqüências de muito esforço, de muita luta e de muito trabalho são, enfim, o prêmio merecido para quem deu o melhor de si !

Então, ao invés de nos concentrarmos no final da batalha, que

tal começarmos a nos dedicar e aproveitar mais todo o caminho que precisamos percorrer até chegarmos lá !

É por isso que quero dizer com a frase sobre as borboletas.

Se passarmos todo o tempo desejando as borboletas e reclamando porque elas não se aproximam da gente, mas vivem no jardim do nosso vizinho, elas realmente não virão.

Mas se nos dedicarmos a cuidar de nosso jardim, a transformar

o nosso espaço ( a nossa vida) num ambiente agradável, perfumado e bonito, será inevitável : as borboletas virão até nós !

Encostar na tua



Eu quero te roubar pra mim
Eu não sei pedir nada
Meu caminho é meio perdido
Mas que perder seja o melhor destino

Agora não vou mais mudar
Minha procura por si só
Já era o que eu queria achar

Quando você chamar meu nome
Eu que também não sei onde estou
Pra mim que tudo era saudade
Agora seja lá o que for

Eu só quero saber em qual rua
Minha vida vai encostar na tua

Mas saiba que forte eu sei chegar
Mesmo se eu perder o rumo
Mas saiba que forte eu sei chegar
Se for preciso eu sumo

Eu só quero saber em qual rua
Minha vida vai encostar na tua

Ana Carolina

O que o filho pensa sobre o pai...



Aos 7 anos: Papai é Grande sabe tudo!
Aos 14 anos: Parece que o Papai se engana em certa coisas que diz...
Aos 20 anos: Papai está um pouco atrasado em suas teorias: não são desta época...
Aos 25 anos: O “coroa” não sabe nada... Está caducando, decididamente.
Aos 35 anos: Com minha experiência, meu Pai seria hoje, milionário...
Aos 45 anos: Não sei se consulto o “velho”, talvez me pudesse aconselhar...
Aos 55 anos: Que pena Papai ter morrido; a verdade é que ele tinha idéias notáveis.
Aos 60 anos: Pobre Papai! Era sábio... Como lastimo tê-lo compreendido tão tarde...

Não espere tanto tempo para compreender e amar o seu pai do jeito que ele é.
Aproveite enquanto ele está com você para demonstrar o quanto significa na sua vida...
Amanhã pode ser tarde demais...

Viva....



Viva, viva, viva o momento presente.
Não deixe para amanhã o que pode fazer hoje.
Observe-se o bastante para não se enganar sobre si mesmo.
Corrija as suas falhas com diligência e coragem.
Ria de si mesmo.
Seja equânime e justo.
Seja verdadeiro e cuidadoso com as pessoas.
Dê sem pensar em retorno, nunca.
Prepare-se para ser o professor em vez do aluno.
Tenha compaixão pelo sofrimento alheio.
Sempre tente ajudar.
Sua linguagem agora é a paciência.
Mesmo que não queira, ela nasce numa determinada idade...
Limpe o seu carma e o de sua família praticando boas ações e dedicando o mérito para o beneficio de todos os seres;
Assim você estará preparando o seu futuro, sua velhice, sua madurez.
Prepare-se para morrer um dia,
Pergunte-se o que vai responder quando for indagado:
“- O que você tem para nos mostrar da sua vida?”
porque você será indagado, seja ateu ou devoto.
Você dará vários nomes a isso. Essa energia:
Buda, Cristo, Deus, Energia, Vida, Mente, Psique, Eu mesmo.
Mas ela estará lá, dentro ou fora de você, como sempre esteve e estará.
Observe a natureza:
Tudo nasce, tudo morre, tudo tem um ciclo.
Viva os seus ciclos com paixão, sem medo.

É a sua Vida!!!

Soneto de Fidelidade



De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

domingo, 17 de janeiro de 2010




Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te :

Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão...


Amigos, ainda…

Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas
jogadas fora,das descobertas que fizemos, dos sonhos
que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos.
Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim…do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum
desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe…nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices…
Aí, os dias vão passar, meses…anos… até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo….
Um dia os nossos filhos verão as nossas fotografias e perguntarão:
“Quem são aquelas pessoas?”
Diremos…que eram nossos amigos e……
isso vai doer tanto!
“Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!”
A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente……
Quando o nosso grupo estiver incompleto…
reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrima abraçar-nos-emos.
Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida,
isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo…
Por isso, fica aqui um pedido desta humilde amiga: não deixes que a vida
passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes
tempestades….
Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os
meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!

Crônica do Amor





Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.