segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Transtornos Depressivos



Depressão

A depressão é identificada quando os seguintes sintomas mantém-se de forma intensa e duradoura:

Perda de energia ou interesse;

Dificuldade de concentração;

Alterações do apetite e do sono;

Sentimento de pesar ou fracasso;

Dificuldade de tomar decisões;

Irritabilidade ou impaciência;

Achar que não vale a pena viver;

Chorar à-toa;

Sensação de que nunca vai melhorar;

Dificuldade de terminar as tarefas;

Sentimento de pena de si mesmo;

Pensamentos negativos e de culpa injustificáveis;

Perda do desejo sexual.

Distimia:

Critérios do Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 4a edição (DSM-IV), American Psychiatric Association (APA) estão relacionados abaixo.

a) Humor depressivo (ou irritável) na maior parte do dia durante mais dias do que não, conforme indicado por relatório ou observação subjetiva por outros há pelo menos um ano. (Em crianças, relato dos pais pode enfatizar as dificuldades comportamentais expressando depressão, enquanto a criança pode dar um relatório melhor de sintomas de incorporação, inclusive idéias suicidas.)
b) Presença, enquanto depressivo, de dois (ou mais) dos seguintes sintomas: (1) pouco apetite ou hiperfagia, (2) insônia ou hipersonia, (3) baixa energia ou cansaço, (4) baixa auto-estima, (5) pouca concentração ou dificuldade para tomar decisões e (6) sentimentos de desesperança.
c) Durante o período de um ano do transtorno, a pessoa jamais esteve sem sintomas dos critérios A e B por mais de dois meses a cada vez.
d) Não esteve presente episódio depressivo maior durante o primeiro ano do transtorno, ou seja, o transtorno não seria representado melhor por transtorno depressivo maior crônico ou transtorno depressivo maior em remissão parcial.
e) Jamais houve um episódio maníaco, um episódio misto ou um episódio hipomaníaco e jamais foram satisfeitos os critérios para transtorno ciclotímico.
f) O distúrbio não ocorre exclusivamente durante o curso de um transtorno psicótico crônico, como a esquizofrenia ou um transtorno delirante.
g) Os sintomas não se devem a efeitos fisiológicos diretos de uma substância (como no abuso de substâncias psicoativas ou por uma medicação) ou uma patologia clínica geral (como o hipotireoidismo).
h) Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo ou comprometimento das áreas social, profissional ou ainda outras áreas importantes.

Outros sintomas associados ao transtorno distímico, mas não incluídos nos critérios formais para diagnóstico, são raiva, sentimentos de não ser amado, autodepreciação, ansiedade e desobediência.


Transtorno Bipolar:

O transtorno afetivo bipolar era denominado até bem pouco tempo de psicose maníaco-depressiva. Esse nome foi abandonado principalmente porque este transtorno não apresenta necessariamente sintomas psicóticos.
A alternância de estados depressivos com maníacos é a tônica dessa patologia. Muitas vezes o diagnóstico correto só será feito depois de muitos anos.
O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca, iniciando gradualmente ao longo de semanas, meses ou abruptamente em poucos dias. Além dos quadros depressivos e maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos) o que muitas vezes confunde os médicos retardando o diagnóstico da fase em atividade.
Aceita-se a divisão do transtorno afetivo bipolar em dois tipos: o tipo I e o tipo II. O tipo I é a forma clássica em que o paciente apresenta os episódios de mania alternados com os depressivos. As fases maníacas não precisam necessariamente ser seguidas por fases depressivas, nem as depressivas por maníacas. Na prática observa-se muito mais uma tendência dos pacientes a fazerem várias crises de um tipo e poucas do outro, há pacientes bipolares que nunca fizeram fases depressivas e há deprimidos que só tiveram uma fase maníaca enquanto as depressivas foram numerosas. O tipo II caracteriza-se por não apresentar episódios de mania, mas de hipomania com depressão.

Fase maníaca
Tipicamente leva uma a duas semanas para começar e quando não tratado pode durar meses. O estado de humor está elevado podendo isso significar uma alegria contagiante ou uma irritação agressiva. Junto a essa elevação encontram-se alguns outros sintomas como elevação da auto-estima, sentimentos de grandiosidade podendo chegar a manifestação delirante de grandeza considerando-se uma pessoa especial, dotada de poderes e capacidades únicas como telepáticas por exemplo. Aumento da atividade motora apresentando grande vigor físico e apesar disso com uma diminuição da necessidade de sono. O paciente apresenta uma forte pressão para falar ininterruptamente, as idéias correm rapidamente a ponto de não concluir o que começou e ficar sempre emendando uma idéia não concluída em outra sucessivamente: a isto denominamos fuga-de-idéias.. O paciente apresenta uma elevação da percepção de estímulos externos levando-o a distrair-se constantemente com pequenos ou insignificantes acontecimentos alheios à conversa em andamento. Aumento do interesse e da atividade sexual. Perda da consciência a respeito de sua própria condição patológica, tornando-se uma pessoa socialmente inconveniente ou insuportável. Envolvimento em atividades potencialmente perigosas sem manifestar preocupação com isso. Podem surgir sintomas psicóticos típicos da esquizofrenia o que não significa uma mudança de diagnóstico, mas mostra um quadro mais grave quando isso acontece.
Fase depressiva
É de certa forma o oposto da fase maníaca, o humor está depressivo, a auto-estima em baixa com sentimentos de inferioridade, a capacidade física esta comprometida, pois a sensação de cansaço é constante. As idéias fluem com lentidão e dificuldade, a atenção é difícil de ser mantida e o interesse pelas coisas em geral é perdido bem como o prazer na realização daquilo que antes era agradável. Nessa fase o sono também está diminuído, mas ao contrário da fase maníaca, não é um sono que satisfaça ou descanse, uma vez que o paciente acorda indisposto. Quando não tratada a fase maníaca pode durar meses também.

Desamparo Aprendido:
O desamparo é aprendido, um grupo de pesquisadores realizaram o seguinte experimentos: Foi feita uma sala com um piso que dava pequenos mas desconfortáveis choques, nesta sala foram colocados cães, não dava para os cães se livrarem dos choques porque pegava todo o piso. Por mais que eles tentassem se livrar do choque não era possível.

Mas quando o segundo grupo de cães foi colocado na sala havia um botão que se eles encostassem o focinho o choque seria desligado. Então este grupo a prendeu a se livrar dos choques, porque conforme eles se movimentaram eles acabaram percebendo que este botão os salvava dos choques.

Num segundo momento colocaram os cães novamente em outra sala onde só metade do piso dava choque. Para o cão se livrar do choque era só dar um passo a frente e sair da área de choque. E foi surpreendente. O 1º grupo que passou pela experiência de ser impossível se livrar dos choques, nem tentou se livrar dos choques nesta sala. Mesmo sendo em outro ambiente, eles ficaram lá... Desamparados. Mas o grupo que tinha como se livrar do choque na sala anterior conseguiu se livrar dos choques facilmente nesta sala também. Eles não desistiram e foram bem sucedidos.
O que esse experimento nos mostra é que com agente é assim também. Quando as pessoas passam por experiências difíceis, onde elas não conseguiram contornar a situação e depois passam por outro problema, em outra situação diferente, a pessoa fica apática, nem tenta, mesmo que nessa situação ele tenha possibilidade de sucesso. Isso significa que o desamparo foi instalado.

O desamparo provoca três tipos de deficiências: motivacional, de aprendizagem e emocional.

A deficiência motivacional é porque você fica sem vontade pra nada.

A deficiência de aprendizagem é porque depois que se aprende algo tão forte como o desamparo também precisa de um trabalho forte para desaprende-lo.

Há deficiências emocionais porque há uma ruptura afetiva.

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