sábado, 16 de janeiro de 2010

Menos Estresse, mais saúde...



Dificuldade em relaxar, em ter prazer, dores de cabeça, desconfortos musculares, insônia, cansaço, irritação ou apatia: sim, estamos falando de estresse. Estar de olho no nível de esgotamento diário é uma das maneiras eficazes de evitar doenças.
“O estresse pode ser causador e/ou agravador de uma série de doenças, que vão da asma às doenças dermatológicas, passando pelas alérgicas e imunológicas”.
Uma certa dose de estresse – o eustress – é necessária para lidar situações que o organismo interpreta como perigo. A descarga de agentes hormonais de intensa ação orgânica, como a adrenalina e os corticóides, permite que se encare a adversidade de igual para igual. É o nosso corpo preparado para a defesa.
O problema é quando essa ativação orgânica nunca cessa, ou seja, torna-se crônica. Quem tem lesão na camada interna das artérias coronárias provocada por obesidade, fumo, colesterol elevado, lembram as doutoras Elizabeth e Cibele, está sujeito a vários riscos quando sob permanente bombardeio dos hormônios citados, tais como arritmia, angina e ataque cardíaco.
O estresse excessivo é uma grande fonte de doenças, dentre as mais comuns, as cardiovasculares. “Estudos recentes da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia concluíram que a liberação de cortisol em pessoas com estresse crônico leva à diminuição da telomerase, uma enzima que controla o envelhecimento das células. Ou seja, quem sofre de estresse crônico envelhece mais cedo e adoece mais.
A essa altura, o corpo e o comportamento do estressado já deu outros sinais: enxaquecas, dores nas costas e nucas, hipertensão, alta sensibilidade, depressão, apatia, nervosismo, entre outros. Até aqui, tudo entendido sobre o poder arrasador da condição de estresse permanente.
O estresse por definição, é uma reação, e não um fator que provoque algo. Portanto, se quisermos evitar o estresse, precisamos focar no que exatamente está disparando os hormônios – ou seja, no modo como reagimos às adversidades.
“Alguém que perde um ente querido pode reagir de diversas maneiras. Basta pensarmos na diferença entre perder um progenitor ou um filho. Em cada caso, é uma tarefa do psiquismo muito complexa e dá uma boa ideia da complexidade que é deixar-ser abater ou não pelo estresse”.

Sinais de esgotamento:

- Dores de cabeça frequentes e dificuldade de desacelerar.
- Problemas gastrointestinais e tensão muscular, principalmente costas e nuca.
- Sensação de irritabilidade por motivos mínimos ou que antes não chamavam tanto sua atenção.
- Uma longa noite de sono não é suficiente para renovar a energia – pelo contrário, é difícil até pegar no sono.
- Alterações na memória. Esquece coisas simples de lembrar ou “apaga” gestos ou ações que acabou de fazer, exemplo: chegou na esquina e não lembra se fechou a porta ao sair de casa.
- Produtividade em queda – seja no trabalho ou nas atividades pessoais.
- Dias de folga ou férias não mudam a sensação de cansaço.
- Se há identificação com as descrições acima, seu grau de estresse já está interferindo na relação com as outras pessoas.

O que fazer?

- Seja franco consigo mesmo e aceite que é preciso rever sua rotina. O que anda bem? O que foi negligenciado?
- Tente reformular sua vida, procurando reduzir as áreas geradoras de estresse. Quem sabe mais espaço para o lazer, para as atividades de que gosta e “andam esquecidas”?
- Procure ajude psicoterápica. A principal atitude ainda é refletir sobre o modo de viver e de trabalhar com as vivências e as emoções que a vida nos proporciona.
- E o mais importante: não se estresse para resolver o estresse. Procure ajuda, se necessário. Estabeleça ações possíveis, realizáveis. E não precisa ser no plural. Pode ser UMA atitude. Depois de conquistada, tente outra. E depois outra… outra… outra… Fique atento. Um bom termômetro do quanto você – por inteiro, corpo e mente – está bem é a sua capacidade de sentir prazer. Os prazeres corporais mesmo, sensoriais, de ouvir uma boa música a uma boa noite de sono, o prazer de saborear a comida e o do sexo.

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