quinta-feira, 18 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Ama sempre

Encontrarás talvez, junto de ti, os que te pareçam errados.
Esse cometeu falta determinada, aquele que se acomodou numa situação considerada infeliz.
Respeita o tribunal que lhes indicou tratamento, sem recusar-lhes auxílio.
Quem conhecerá todas as circunstâncias para sentenciar, em definitivo, quanto às atitudes de alguém, analisando efeitos sem penetrar as causa profundas?
Deliciava-se certa jovem com o perfume das rosas que lhe vinham desabrochar na janela. Orgulhosa das ramas que escalavam paredes, de modo a ofertar-lhes as flores, quis corrigir o jardim, no pedaço de chão em que a planta se levantava. Pequeno monte de terra adubada, a destacar-se de nível, foi violentamente arrancado, mas justamente aí palpitava o coração da roseira.
Decepada a raiz, morreram as flores.
Quantas criaturas estarão resignadas à moradia em situações categorizadas por lodo, para que as rosas da alegria e da segurança possam brilhar nas janelas de nossa vida?
Aceita os outros tais quais são.
Espera e serve.
Abençoa e ama sempre.
O errado hoje, em muitos casos, será o certo amanhã.
O julgamento é dos homens, mas a Justiça é de Deus.
Livro: Amizade
Meimei & Francisco Cândido Xavier
A difícil arte de ser como somos...

Muitas vezes acreditamos que ser simples é apenas agir com sinceridade, não enganando, de forma alguma, aqueles que em nosso caminho passam.
Na verdade, é isso o que buscamos nos outros: seres iguais a nós. Por isso a diferença nos outros nos incomoda.
Para que sejamos autênticos, precisamos agir com sinceridade e pureza, atuando com naturalidade, tendo a coragem de se expor e, também, de mostrar fragilidade em determinados momentos e situações. É preciso ter a coragem de chorar e, muitas vezes, falar coisas que nosso coração sente, tirando os preconceitos e deixando que as máscaras que sempre usamos caiam por terra, doa a quem doer.
Precisamos destruir as barreiras que durante muitas vidas viemos construindo, (por acharmos que as muralhas em torno de nós são as que vão nos proteger dos nossos maiores inimigos). Porém, quando nos vemos cercados por essas altas e fortes muralhas, concluímos que nosso maior inimigo está dentro de nós mesmos, mais protegido que qualquer um. E de nada adianta empunhar poderosas armas de destruição, uma vez que o que devemos destruir está dentro de nossa alma.
Preferimos prender nos nós da garganta as palavras que muitas vezes deveriam ser ditas, mas nos curvamos diante de nossa mediocridade evolutiva e as engolimos.
Preferimos esconder as lágrimas que brotam do mais intimo dos nossos sentimentos, para que nos vejam como fortes, indestrutíveis e infalíveis. E, ao mesmo tempo, preferimos buscar respostas imediatas, a ter que refletir sobre determinadas coisas, só pra mostrar que sabemos, mesmo que superficialmente.
Buscamos ter idéias formadas sobre tudo, mesmo que de forma rasa e sem qualquer tipo de embasamento.
E assim, vamos nos transformando naquilo que não somos, afundando-nos em falsas palavras, atitudes e sentimentos. Mas isso causa aos outros uma sensação de sempre estarmos senhores da situação.
Não que sejamos mentirosos, mas chegamos com a repetição desse tipo de atitude a uma situação em que já nos encontramos perdidos daquilo que realmente somos, e as nossas falsas atitudes passam a ser a nossa verdade, a ponto de esquecermos quem realmente somos, perdendo nossa essência.
E com o passar do tempo, distanciamo-nos de nós mesmos, e um vazio frio e úmido passa a nos envolver, e nossos dias se tornam tristes, nossas amizades vazias, pois nos enterramos em falsidades conceituais para parecer agradáveis aos outros, esquecendo de nossa verdadeira essência: O Amor.
E daí não adianta ficar chorando baixinho, sentindo saudade de nós mesmos, de nossa essência divina.
Sejamos nós mesmos, autênticos e firmes em nossos objetivos.
Certamente muitos se afastarão de nós, pois não seremos mais convenientes para eles; mas outros tantos se aproximação, pois verão que somos simples, sinceros, e nossa essência divina irá brilhar, pois seremos aquilo que realmente sempre fomos.
O velho eu que resulta em mim...

- Por Frank -
Ontem, acordei com uma vontade grande de, só por um dia, deixar de ser eu.
Explico: o meu projeto exigiria uma mudança radical de pequenos hábitos, que julgo terem o poder de causar um extremo mal-estar a longo prazo.
Comecei trocando uma hora de sono por uma corrida matinal, e provei algo que só posso descrever como LUCIDEZ absoluta. Era como se o atleta chutasse o sonâmbulo, e eu pudesse finalmente perceber que, no meu dia-a-dia, mesmo acordado, continuo dormindo.
Depois, antes de ir trabalhar, dei um longo abraço e um beijo de namorado na esposa, que me olhou com surpresa, já esperando o carinho apressado de quem já acorda atrasado.
Durante o dia, tratei de evitar, ao máximo, pequenas mentiras, julgamentos apressados, preconceitos e toda série de pensamentos nocivos que viram erva daninha no quintal dos outros.
Ao fim do dia, ao chegar em casa, após um belo banho, jantei prestando atenção apenas ao ato de mastigar. Descobri que, quando os olhos não estão na TV, ou na preocupação do dia seguinte, o sabor se maximiza na comida.
Depois, troquei o jornal da onze da noite pela leitura de um livro que comprara há meses e nunca tinha lido e, mesmo cansado, fiz as minhas meditações.
Resultado: caí no sono tranquilo, dormindo tão bem, que resolvi repetir a experiência no dia seguinte.
Quem disse que consegui?
Não tive o mesmo pique do dia anterior e voltei a ser o "velho eu" que resulta sempre em mim; mas não desisto, pois ainda terei uma nova chance amanhã de mudar e diminuir, mais ainda, a distância entre a versão cansada de mim e o cara que fui ontem, e que quero tanto tornar a ser.
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
Façamos deste, o momento certo para agir...
